Resíduo de antibiótico zero
CCPR promove evento com especialistas de qualidade para apresentar as técnicas de fazendas que nunca registraram resíduos de antibiótico no leite
Um dos principais desafios dos produtores é evitar resíduos de antibiótico no leite, que impactam consideravelmente a atividade e podem levar a prejuízos em toda a cadeia produtiva. Mas existem fazendas que nunca registraram resíduos de antibiótico no leite. Qual o segredo? Para responder a essa questão e contribuir com o desenvolvimento da atividade, a CCPR promoveu um importante debate, nesta quarta-feira, dia 22, com especialistas durante o Workshop Fazenda Nota 10.
Com foco na redução dos indicadores de cremação de leite e na melhoria da qualidade da matéria-prima fornecida à indústria, o evento foi realizado via transmissão on-line e moderado pelo supervisor de captação de leite, Pedro Teixeira. A médica veterinária e consultora de qualidade do leite da Mais Leite, Mariana Brant, e o médico veterinário e diretor da OnFarm, Eduardo Pinheiro, foram convidados a apresentar e responder dúvidas dos participantes.
Mariana destacou as técnicas de manejo utilizadas por fazendas que nunca registraram resíduos de antibiótico no leite: treinamento das equipes, registro do tratamento, marcação e separação dos animais em tratamento. ?Uma equipe bem treinada e consciente do problema consegue cercar os pontos ligados à ocorrência dos resíduos. O primeiro deles é realizar anotações sistemáticas dos tratamentos de mastite e das aplicações de medicamentos, para que se consiga recorrer e observar a data de aplicação tanto das vacas em lactação quanto das vacas secas?, explicou. A organização das farmácias, vital para facilitar a rotina dos ordenhadores e minimizar riscos durante o tratamento das vacas, também foi abordada pela especialista.
Já Eduardo Pinheiro citou o uso racional como forma de prevenir os resíduos de antibióticos no leite. Ele explicou que, em alguns casos, não seria necessário o tratamento com esse medicamento e, sim, com anti-inflamatório. ?A mastite é uma resposta a uma infecção, normalmente bacteriana. Em quase metade das vezes, a vaca consegue eliminar essa infecção com o seu próprio sistema imune. E quando não há mais bactéria, não é preciso tratar a infecção, mas sim, a inflamação. E a inflamação a gente trata com anti-inflamatório?, afirmou.
Quer saber mais? Confira o Workshop Fazenda Nota 10 na íntegra: